quinta-feira, 25 de março de 2010

História da Copa do Mundo
História das Copas do Mundo de Futebol, grandes decisões, histórico, Copa da Alemanha 2006, títulos e conquistas das seleção brasileira, curiosidades, Taça Jules Rimet, seleções campeãs, FIFA


Seleção do Uruguai: campeã da primeira Copa do Mundo em 1930


História das Copas do Mundo

De quatro em quatro anos, seleções de futebol de diversos países do mundo se reúnem para disputar a Copa do Mundo de Futebol.

A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA ( Federation International Football Association).

A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 16 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.

Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da Segunda Guerra Mundial.

Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.

O Brasil sentiria o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na copa disputada na Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a taça.

Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores ( Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.

Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o Brasil chegaria novamente a final, porém perderia o título para o pais anfitrião: a França.

Em 2002, na Copa do Mundo do Japão / Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.

Em 2006, foi realizada a Copa do Mundo da Alemanha. A competição retornou para os gramados da Europa. O evento foi muito disputado e repleto de emoções, como sempre foi. A Itália sagrou-se campeã ao derrotar, na final, a França pelo placar de 5 a 3 nos pênaltis. No tempo normal, o jogo terminou empatado em 1 a 1.

Em 2010, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo será realizada no continente africano. A África do Sul será a sede do evento.

Em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, pois foi em 1950 que ocorreu a última copa no Brasil.

Curiosidades sobre a História da Copa do Mundo de Futebol

- O recorde de gols em Copas é do francês Fontaine com 13 gols;

- O Brasil é o único país que participou de todas as Copas do Mundo;

- O Brasil é o país com mais títulos conquistados: total de cinco;

- A Itália foi quatro vezes campeã mundial. A Alemanha foi três vezes, seguida das bi-campeãs Argentina e Uruguai. Inglaterra e França possuem apenas um título cada;

- A Copa do Mundo é o segundo maior evento esportivo do planeta;

- As Copas do Mundo da França (1998) e Japão / Coréia do Sul (2002) foram as únicas que tiveram a participação de 32 seleções. A Copa do Mundo da Alemanha 2006 teve o mesmo número de seleções participantes.

Os campeões de todos os tempos

Uruguai (1930) / Itália (1934) / Itália (1938) / Uruguai (1950) / Alemanha (1954) / Brasil (1958) / Brasil ( 1962) / Inglaterra ( 1968) / Brasil (1970) / Alemanha (1974) / Argentina (1978) / Itália (1982) / Argentina (1986) / Alemanha (1990) / Brasil (1994) / França (1998) / Brasil (2002), Itália (2006).

Sugestões de leitura:

- Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo - Paulo Vinicius Coelho, Panda Books

- Moderno Almanaque das Copas do Mundo - Gláucia Parreira, Yendis

- Copas do Mundo: Histórias e Estatísticas - Luiz Fernando Baggio Monclar, Axcell Books

- Brasil em Copas do Mundo - Barbosa Filho, Panoramas do Saber.
COPAS DO MUNDO

Na copa de 1934 o Brasil passou da primeira fase sem jogar, pois o Peru, seu único adversário, desistiu.
Primeira vitória brasileira em Mundiais: 4x0 na Bolívia (22/07/1930).
Deste de 1990 copa da Italia o vencedor do primeiro jogo da semi final perde a final 1990 Argentina
1994 Italia
1998 Brasil
2002 Alemanha
E que tambem nem um dos vices marcou gol na final?
Primeiro gol brasileiro em Copas do Mundo foi marcado por Preguinho, contra a Iugoslávia (17/07/1930).
Primeiro gol das Copas: Laurent (FRA) contra o México (em 13/07/1930).
Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales se recusaram a participar da Copa do Mundo de 1930.
Na Copa de 1970 os italianos desenvolveram um sistema de jogo chamado "catenaccio", onde a defesa possuía um maior número de jogadores e partia para o contra-ataque para fazer os gols.
Os Holandeses também desenvolveram seu estilo na Copa de 70, o chamado "futebol total", onde os jogadores eram atacantes e defensores ao mesmo tempo.
Na Copa de 82 foi aumentado de 16 para 24 o número de finalistas na competição.
A única vez na história da Copa do Mundo que uma partida da final foi decidida nos pênaltis foi na Copa de 1994.
A primeira seleção a receber a Taça da Copa do Mundo da FIFA foi a da Alemanha Ocidental, em 1974.
A taça original da Copa do Mundo, Jules Rimet, é de ouro maciço de 18 quilates, e possui 36cm de altura e 4,9 Kg.
O primeiro árbitro Brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo foi Arnaldo César Coelho (1982), seguido por Romualdo Arppi Filho em 1986.
A única Seleção que participou de todas as Copas do Mundo foi a Brasileira.
Primeira Copa realizada em duas sedes: 2002 (Japão e Coréia do Sul).

CLUBES DE FUTEBOL

O América Mineiro e ABC Futebol Clube detém recorde de campeonatos seguindos, o América chegou ao Deca-Campeonato Mineiro, de 1916 a 1925, e o ABC é Deca-Campeão Potiguar, de 1932 a 1941.
O Botafogo é o único Tetra-Campeão de Futebol do Rio de Janeiro (1932,1933,1934,1935). Esta é a razão das quatro estrelas em sua camisa
O Corinthians ficou 11 anos sem ganhar do Santos. O tabu, de 22 jogos, só caiu na noite de 06/03/1968, com uma vitória por 2 x 0, com gols de Paulo Borges e Flávio.
O clube com maior número de títulos nacionais é o Linfield, da Irlanda do Norte, com 77. Em segundo está o Rangers, da Escócia, com 74.
O Bochum (Verein Für Leibersübungen Bochum Fussballgemeinschaft EV), da Alemanha, foi fundado em 10 de setembro de 1848 e é o clube mais antigo do mundo.
O time de futebol mais antigo do Brasil é o Sport Club Rio Grande, de Rio Grande - Rio Grande do Sul, também conhecido no sul por Vovô, foi fundado em 19 de julho de 1900.
Time que mais marcou gols em Brasileiros: Vasco (917)
Único campeão brasileiro invicto:Inter (1979)

ESTATÍSTICAS

A distância percorrida por cada jogador, em cada posição:
· Defesas: 10.1 Km
· Médios: 11.4 Km
· Avançados: 10.5 Km
A maior goleada que se tem registro foi entre Botafogo e Mangueira, em 1909, com o placar de 24 a 0, os gols foram marcados por Gilbert (9), Flávio (7), Monk (2), Lulu (2), Raul (1), Dinorah (1), Henrique (1) e Emanuel (1).
O goleiro mais gordo da história foi Foulke, jogador do Bradford City, clube Inglês. Media 1,90m, pesava 141kg e, no final da carreira, chegou a jogar com 165kg.

ESTÁDIOS

O maior estádio do mundo está localizado no Brasil, é o Maracanã, que ocupa uma área de 146 452 metros quadrados.
Inaugurado em 1902, o Velódromo de São Paulo foi o primeiro estádio Brasileiro.

JOGADORES

Apelidos de jogadores:
- Ademir da Guia-"O Divino"
- Ademir de Menezes- "O queixada "
- Baltazar- "O cabecinha de Ouro "
- Bauer - "O monstro do Maracanã "
- Bino - "O gato selvagem"
- Canhoteiro - "O mago "
- Danilo - "O príncipe "
- Didi - "O folha seca "
- Donizete- " O pantera negra "
- Fidélis - "O touro sentado "
- Fischer - "El lobo "
- Gérson - "O canhotinha de ouro "
- Jair - "O canhão de Parque Antártica"
- Leônidas - "O diamante negro "
- Lima - "O garoto de ouro "
- Luizinho - "O pequeno polegar "
- Nilton Santos - "A enciclopédia do futebol "
- Noronha - "O cobrinha "
- Orlando - "O pingo de ouro "
- Pelé - " A pérola negra "
- Pepe - "O canhão da vila "
- Ponce de Leon - "O diabo louro "
- Rondinelli - "O rei da raça "
- Servílio - "O bailarino "
- Vavá - "O peito de aço "
- Zico - "O galinho de Quintino "
- Zizinho - "O mestre Ziza "
Leônidas da Silva marcou o primeiro gol de bicicleta, em 1931, em uma partida entre Bonsucesso e Esporte Clube Carioca.
Nilton Santos, que foi conhecido como a enciclopédia do futebol, só conheceu um clube em sua carreira: O Botafogo

DADOS HISTÓRICOS

Em 1970 os juízes começaram a mostrar cartões amarelo e vermelho. Os cartões foram introduzidos pela Fifa na Copa do Mundo de 1970, para facilitar o trabalho dos árbitros em partidas internacionais.
Em 1950 passaram a ser usados números nas camisetas pela primeira vez.
Em 1895 foi disputada a primeira partida de futebol no Brasil, entre Companhia de Gás e São Paulo Railway, em São Paulo.
O primeiro jogo disputado à noite foi no dia 23 de junho de 1923, na Várzea do Glicério, em São Paulo. O campo foi iluminado faróis de 20 bondes.
A primeira partida de futebol televisionada em cores no Brasil, foi entre dois times gaúchos, Caxias do Sul e Grêmio, em 19 de fevereiro de 1972, em Porto Alegre.
As traves passaram a fazer parte do campo de futebol em 1875, para substituir as fitas de tecido que uniam duas traves laterais, e só 15 anos mais tarde foram colocadas as redes nos travessões.
Em 1929, o Vasco foi o primeiro clube a implantar o uso de luvas nos goleiros, elas eram de borracha, pretas por fora e vermelhas por dentro.
O bandeirinha passou a auxiliar o árbitro em 1874, marcando impedimentos e arremessos laterais.

RECORDES

O campeonato que reúne o maior número de clubes em todo o mundo é a Copa da Inglaterra: Nada menos que 500!
O clássico Vovô,é o mais antigo clássico do Brasil, entre Botafogo e Fluminense, pois o primeiro aconteceu em 1906.
A camisa mais utilizada por clubes de futebol é branca. 80 clubes do mundo todo adotam essa cor na camisa.
DIVERSOS

O nosso famoso grito de GOL é gritado da mesma maneira que nós brasileiros na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, Honduras, Hungria, Itália, Iugoslávia, México, Panamá, Peru, Romênia, Uruguai e Venezuela. Em Portugal diz-se GOLO. GOAL, é gritado na Austrália, Bangladesh, Bélgica, Bulgária, Camarðes, Canadá, Chipre, Coréia do Sul, Eire, Egito, Estados Unidos, Finlândia, Gana, Gró-Bretanha, Grécia, Holanda, Iró, Islândia, Israel, Líbia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Polônia, Senegal, Suíça, Tchecoslováquia, Turquia e União Soviética. BUT, é na Argélia, França, Gabão, Mali, Mônaco e Tunísia, e pronuncia-se BI. Na Alemanha e na Áustria diz-se TOR, na Noruega e na Suécia é MAL, e, finalmente, na Dinamarca GOL é MALL, sendo pronunciado MOL.

Fonte: Futebol na Rede (http://www.futebolnarede.com)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O futebol brasileiro é recheado de histórias no mínimo intrigantes, muitas delas fazem parte do nosso folclore e tornam o futebol cada vez mais apaixonante ao torcedor. Numa tarde chuvosa em São Paulo, quando entravam no gramado do Velódromo para restabelecer seu treino, interrompido pela chuva, os rapazes do Paulistano, despejaram-se das arquibancadas para o campo, aos berros de “allez-gohack”, palavras atiradas ao ar por Olavo de Barros e Renato, de jubilo pela estiagem que fizera. Repetido depois, a qualquer pretexto pela turma do Paulistano, aquele estrangeirismo que significava “para frente, avante” acabou abrasileirando-se no “alê-guá-guá-guá hurrah”, que se transformou no hino do Paulistano.

Nascia ali, o primeiro hino futebolístico, e atrás dele, por espírito de imitação, vieram os outros, o do Mackenzie, por exemplo: - “back, tetéque: black, tetéque, éque, éque” etc. A primeira partida de futebol artificialmente iluminada do mundo aconteceu aqui no Brasil, mais precisamente em São Paulo, numa festiva noite de São João, no ano de 1923. O jogo fora disputado entre uma equipe de funcionários da Light e a Associação Atlética República, sob a luz de 20 refletores e 10 projetores, num campo situado em um terreno da Companhia São Paulo Light, na rua do Glicério.

O resultado da partida se perdeu nos anais da história. Por sorte o registro não se perdeu, pois no dia seguinte realizava-se uma partida noturna em Lynn, nos Estados Unidos. No dia 31 de março de 1928, foi realizado em São Januário, o primeiro jogo oficial artificialmente iluminado. O Vasco da Gama venceu o Wanders (Uruguai), por 1 a 0. Em 1925, o Club Athlético Paulistano (extinta equipe da capital paulista) realizou uma excursão à Europa, uma das primeiras realizadas por equipes brasileiras, sendo que seu saldo foi tão positivo que os jornais franceses denominaram os brasileiros, Os Reis do Futebol.

Em aproximadamente um mês e meio, o Paulistano realizou dez partidas na França, Suíça e Portugal, obtendo um resultado de nove vitórias e apenas uma derrota. A façanha dos brasileiros merece destaque maior, pois enfrentaram verdadeiras seleções, árbitros contrários e, campos, se assim os podemos chamar, em péssimo estado, além de uma longa viagem de navio e estafantes viagens de trem. No início dos anos 30, disputavam-se algumas partidas noturnas, e a bola utilizada era marrom. Pois bem, o São Paulo iria jogar contra o Vasco da Gama e o “seu” Joaquim - Joaquim Simão Gomes - perguntou ao diretor esportivo Mário Cunha Bueno se poderia pintar a bola de branco.

Autorizado, ele comprou uma tinta chamada Duco Alemão e mandou ver. Estava criada a primeira bola branca do mundo. Foi um sucesso que se espalhou rapidamente. Só que “seu” Joaquim não patenteou o invento, aí... Diamante Negro virou marca de chocolate em homenagem a um apelido de uma grande estrela do futebol brasileiro, Leônidas da Silva. Apelido este dado pêlos franceses durante a Copa do Mundo de 1938, na qual foi o artilheiro. Ele não era estreante, havia jogado a Copa de 1934, na Itália. Já amadurecido, o Diamante Negro, encantou os torcedores europeus. ... Na noite de 16 de julho de 50, o velho capitão não quis comemorar com o resto do time. Convidou o massagista da Celeste a sair com ele. Os dois deixaram o hotel sem destino certo.

O Rio era um vasto cemitério. Nem alma do outro mundo se via pelas ruas da cidade. Obdulio e o massagista entram num bar da Avenida Copacabana. O dono do bar é um velho conhecido de outras passagens da seleção uruguaia pelo Brasil. Obdulio, que já saíra do hotel um tanto calibrado, quer tomar chope. Está sem um tostão no bolso. Pergunta se tem crédito. O próprio dono traz duas canecas, espumando. Obdulio, ainda em pé, bebe de um só fôlego a primeira caneca. Já sentado, Obdulio vê entrar no salão um rapaz. Um rapaz que é a própria máscara da desolação.

Nas raras mesas ocupadas, as pessoas ouvem, desconsoladas as lamúrias do moço. Ressoa pela sala a tristeza cósmica do povo brasileiro. - O Obdulio derrotou o Brasil - dizia, em prantos, o torcedor. O desabafo bateu de mal jeito no coração de Obdulio Varela. De repente, ele se sente o carrasco de um povo. O próprio Obdulio narra, na primeira pessoa, o drama que passaria a viver naquela noite sombria do futebol brasileiro. “Eu olhava aquele rapaz sofrido. Foi me dando um mal-estar. O povo desse país tinha preparado o maior carnaval do mundo e nós arruinamos tudo. De repente, eu estava tão amargurado quanto ele. Teria sido bonito ver uma noite de carnaval dos brasileiros.

Teria sido emocionante ver a multidão delirando com uma coisa tão simples, tão singela. Nós tínhamos estragado a festa e, a bem da verdade, não tínhamos ganhado nada. Conquistamos um título, muito bem. Mas, que seria isso comparado com a tristeza imensa de uma gente tão simpática? Pensei no Uruguai. Certamente, o povo lá estaria muito feliz. Mas, eu, Obdulio, eu estava no Rio, no meio de uma profunda decepção nacional. Me lembrei da raiva que tive quando os brasileiros nos fizeram o gol. E, no entanto, a bronca que dei no campo iria doer em mim também”.

O dono do bar foi à mesa do campeão, levando pelo braço o rapaz, ainda choroso. - Sabe quem é este? Este é o Obdulio Varela. - E apresentou um ao outro. - Tive a súbita sensação de que aquele rapaz podia me matar - confessa Obdulio - e, se me matasse, talvez merecesse absolvição. - Por favor, Obdulio - disse, reverente, o rapaz -, você quer tomar um chope comigo? Obdulio aceitou. Mudou de mesa. “Se tiver de morrer aqui, não pode existir noite mais apropriada”, pensou. À noite do triunfo, Obdulio Varela passou-a, inteirinha, esvaziando canecas e consolando aquela alma penada que acabara de conhecer.

Um pobre coração destroçado. E a quem, lá pelas tantas da madrugada, talvez tivesse confessado, como confessaria, mais tarde, ao escritor Oswaldo Soriano: - Se tivesse de jogar, de novo, aquela final do Maracanã, não se assombre com o que eu vou lhe dizer: eu faria um gol contra. Um gol contra, sim senhor!... (Nogueira, Armando - A triste noite de um campeão) Num célebre jogo no final dos anos 50, em que o São Paulo venceu o Santos por 6 a 2, Mestre Ziza pôde testar a habilidade de Canhoteiro - que já era chamado A Força Branca. Exausto por recente excursão à Europa, entregou a bola a Canhoteiro e recomendou: “Vê se ganha algum tempo para a gente”.

Do campo do São Paulo, o ponta foi driblando até a área do Santos e voltou: “Toma a bola de volta, Mestre”. Um grande artilheiro pode ser também um goleiro de primeira. Afinal, sempre existiu um fascínio entre o algoz e a vítima. Pelé, um dos maiores goleadores que o mundo já conheceu, jamais escondeu isso de ninguém. Aliás, sempre gostou de jogar no gol, mostrando um talento natural para a posição. Mas se Pelé não fosse a própria camisa 10, na certa teria sido goleiro. Nos recreativos do Santos, ele costumava brincar na posição e no Ébano, time de praia que reunia jogadores negros, era titular absoluto da camisa nº 1. Uma vez, o grande público teve oportunidade de apreciar suas outras habilidades. Foi no início dos anos 60, no Pacaembu, em São Paulo.

O Santos jogava contra o Grêmio e o goleiro Laércio foi expulso. Pelé não pensou duas vezes, vestiu a camisa preta de mangas compridas e foi para debaixo dos “três paus”. Fechou o gol. Não deixou passar mais nada. O jogo terminou com a vitória do Santos por 4 a 3. A única apresentação oficial do autor dos mais belos gols na moldura de suas obras. Na caótica Seleção Brasileira de 1966, muitos fatos foram realmente inusitados (como a formação de quatro equipes, por exemplo), mas um deles serve para demonstrar bem o que aconteceu naquele tempo: na lista de jogadores convocados saiu o nome de Ditão, do Flamengo, que se apresentou, é lógico.

Só que o convocado pelo técnico Vicente Feola era na realidade Ditão do Corinthians. A CBD (Confederação Brasileira de Desportos) não quis assumir o erro cometido - dentre muitos - e por esses caprichos tão comuns ao nosso futebol, ficou o Ditão do Flamengo mesmo. Que, por fim, foi cortado. No dia 22 de junho de 1996, o Estado de Roraima, que possui o campeonato estadual mais novo do país, presenciou um fato jamais ocorrido no futebol brasileiro. A partida pelo estadual, entre o Rio Negro e o Progresso, teve a incrível marca de um pagante, o autor de tal façanha, foi o motorista do Ministério de Agricultura de Boa Vista, Abraão Pereira de Souza.

A renda da partida também atingiu a incrível marca de R$ 5,00 (cinco reais), sendo que cada clube ficou com a não menos incrível quantia de R$1,00 (um real). Um mês antes, em outra partida entre as mesmas equipes, o público pagante foi de quatro pessoas, com renda de R$ 20,00 (vinte reais). Considerado o detentor do melhor futebol do mundo, o Brasil, teve por muitos anos, o pior time do mundo - o Íbis Sport Club. Fundado em 15 de novembro de 1938, o Íbis surgiu na iniciativa de Onildo Ramos, gerente da Tecelagem Seda e Algodão de Pernambuco, a T.S.A.P., em realizar o sonho dos operários da fábrica: ter um time de futebol para disputar o Campeonato Pernambucano de profissionais.

A ave sagrada do Egito antigo, protetora da cultura da seda e presente na marcada da empresa, foi escolhida para o nome e distintivo. Nos primeiros anos a equipe não era tão ruim, chegando até mesmo a ser campeã pernambucana em 1946. O Íbis começou a ser tachado de o pior time do mundo a partir da década de 80, quando ficou três anos seguidos sem ganhar um único jogo e sofreu uma série de goleadas históricas, entre elas, 11 a 0 para o Santa Cruz.

No campeonato de 81, por exemplo, números impressionantes: 18 derrotas em 18 jogos, sofrendo 89 gols e marcando apenas quatro. No campeonato seguinte, disputou 11 partidas, perdeu dez e empatou uma. Fez seis gols e sofreu 46. Com esse curriculum, o Íbis, teve por muito tempo orgulho de ser taxado de o pior time do mundo. Mas a história começou a mudar, a partir do ano 2000, o time ascendeu a primeira divisão de Pernambuco e agora não quer mais o “honroso” título.
CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILEIRO




Fabio Aires da Cunha




O futebol brasileiro é recheado de histórias no mínimo intrigantes, muitas delas fazem parte do nosso folclore e tornam o futebol cada vez mais apaixonante ao torcedor.



Numa tarde chuvosa em São Paulo, quando entravam no gramado do Velódromo para restabelecer seu treino, interrompido pela chuva, os rapazes do Paulistano, despejaram-se das arquibancadas para o campo, aos berros de “allez-gohack”, palavras atiradas ao ar por Olavo de Barros e Renato, de jubilo pela estiagem que fizera. Repetido depois, a qualquer pretexto pela turma do Paulistano, aquele estrangeirismo que significava “para frente, avante” acabou abrasileirando-se no “alê-guá-guá-guá hurrah”, que se transformou no hino do Paulistano. Nascia ali, o primeiro hino futebolístico, e atrás dele, por espírito de imitação, vieram os outros, o do Mackenzie, por exemplo: - “back, tetéque: black, tetéque, éque, éque” etc.



A primeira partida de futebol artificialmente iluminada do mundo aconteceu aqui no Brasil, mais precisamente em São Paulo, numa festiva noite de São João, no ano de 1923. O jogo fora disputado entre uma equipe de funcionários da Light e a Associação Atlética República, sob a luz de 20 refletores e 10 projetores, num campo situado em um terreno da Companhia São Paulo Light, na rua do Glicério. O resultado da partida se perdeu nos anais da história. Por sorte o registro não se perdeu, pois no dia seguinte realizava-se uma partida noturna em Lynn, nos Estados Unidos.

No dia 31 de março de 1928, foi realizado em São Januário, o primeiro jogo oficial artificialmente iluminado. O Vasco da Gama venceu o Wanders (Uruguai), por 1 a 0.



Em 1925, o Club Athlético Paulistano (extinta equipe da capital paulista) realizou uma excursão à Europa, uma das primeiras realizadas por equipes brasileiras, sendo que seu saldo foi tão positivo que os jornais franceses denominaram os brasileiros, Os Reis do Futebol. Em aproximadamente um mês e meio, o Paulistano realizou dez partidas na França, Suíça e Portugal, obtendo um resultado de nove vitórias e apenas uma derrota. A façanha dos brasileiros merece destaque maior, pois enfrentaram verdadeiras seleções, árbitros contrários e, campos, se assim os podemos chamar, em péssimo estado, além de uma longa viagem de navio e estafantes viagens de trem.



No início dos anos 30, disputavam-se algumas partidas noturnas, e a bola utilizada era marrom. Pois bem, o São Paulo iria jogar contra o Vasco da Gama e o “seu” Joaquim - Joaquim Simão Gomes - perguntou ao diretor esportivo Mário Cunha Bueno se poderia pintar a bola de branco. Autorizado, ele comprou uma tinta chamada Duco Alemão e mandou ver. Estava criada a primeira bola branca do mundo. Foi um sucesso que se espalhou rapidamente. Só que “seu” Joaquim não patenteou o invento, aí...



Diamante Negro virou marca de chocolate em homenagem a um apelido de uma grande estrela do futebol brasileiro, Leônidas da Silva. Apelido este dado pêlos franceses durante a Copa do Mundo de 1938, na qual foi o artilheiro. Ele não era estreante, havia jogado a Copa de 1934, na Itália. Já amadurecido, o Diamante Negro, encantou os torcedores europeus.



... Na noite de 16 de julho de 50, o velho capitão não quis comemorar com o resto do time. Convidou o massagista da Celeste a sair com ele. Os dois deixaram o hotel sem destino certo. O Rio era um vasto cemitério. Nem alma do outro mundo se via pelas ruas da cidade.

Obdulio e o massagista entram num bar da Avenida Copacabana. O dono do bar é um velho conhecido de outras passagens da seleção uruguaia pelo Brasil. Obdulio, que já saíra do hotel um tanto calibrado, quer tomar chope. Está sem um tostão no bolso. Pergunta se tem crédito. O próprio dono traz duas canecas, espumando. Obdulio, ainda em pé, bebe de um só fôlego a primeira caneca.

Já sentado, Obdulio vê entrar no salão um rapaz. Um rapaz que é a própria máscara da desolação. Nas raras mesas ocupadas, as pessoas ouvem, desconsoladas as lamúrias do moço. Ressoa pela sala a tristeza cósmica do povo brasileiro.

- O Obdulio derrotou o Brasil - dizia, em prantos, o torcedor.

O desabafo bateu de mal jeito no coração de Obdulio Varela. De repente, ele se sente o carrasco de um povo. O próprio Obdulio narra, na primeira pessoa, o drama que passaria a viver naquela noite sombria do futebol brasileiro.

“Eu olhava aquele rapaz sofrido. Foi me dando um mal-estar. O povo desse país tinha preparado o maior carnaval do mundo e nós arruinamos tudo. De repente, eu estava tão amargurado quanto ele. Teria sido bonito ver uma noite de carnaval dos brasileiros. Teria sido emocionante ver a multidão delirando com uma coisa tão simples, tão singela. Nós tínhamos estragado a festa e, a bem da verdade, não tínhamos ganhado nada. Conquistamos um título, muito bem. Mas, que seria isso comparado com a tristeza imensa de uma gente tão simpática? Pensei no Uruguai. Certamente, o povo lá estaria muito feliz. Mas, eu, Obdulio, eu estava no Rio, no meio de uma profunda decepção nacional. Me lembrei da raiva que tive quando os brasileiros nos fizeram o gol. E, no entanto, a bronca que dei no campo iria doer em mim também”.

O dono do bar foi à mesa do campeão, levando pelo braço o rapaz, ainda choroso.

- Sabe quem é este? Este é o Obdulio Varela. - E apresentou um ao outro.

- Tive a súbita sensação de que aquele rapaz podia me matar - confessa Obdulio - e, se me matasse, talvez merecesse absolvição.

- Por favor, Obdulio - disse, reverente, o rapaz -, você quer tomar um chope comigo?

Obdulio aceitou. Mudou de mesa. “Se tiver de morrer aqui, não pode existir noite mais apropriada”, pensou.

À noite do triunfo, Obdulio Varela passou-a, inteirinha, esvaziando canecas e consolando aquela alma penada que acabara de conhecer. Um pobre coração destroçado. E a quem, lá pelas tantas da madrugada, talvez tivesse confessado, como confessaria, mais tarde, ao escritor Oswaldo Soriano:

- Se tivesse de jogar, de novo, aquela final do Maracanã, não se assombre com o que eu vou lhe dizer: eu faria um gol contra. Um gol contra, sim senhor!...

(Nogueira, Armando - A triste noite de um campeão)



Num célebre jogo no final dos anos 50, em que o São Paulo venceu o Santos por 6 a 2, Mestre Ziza pôde testar a habilidade de Canhoteiro - que já era chamado A Força Branca. Exausto por recente excursão à Europa, entregou a bola a Canhoteiro e recomendou: “Vê se ganha algum tempo para a gente”. Do campo do São Paulo, o ponta foi driblando até a área do Santos e voltou: “Toma a bola de volta, Mestre”.



Um grande artilheiro pode ser também um goleiro de primeira. Afinal, sempre existiu um fascínio entre o algoz e a vítima. Pelé, um dos maiores goleadores que o mundo já conheceu, jamais escondeu isso de ninguém. Aliás, sempre gostou de jogar no gol, mostrando um talento natural para a posição. Mas se Pelé não fosse a própria camisa 10, na certa teria sido goleiro. Nos recreativos do Santos, ele costumava brincar na posição e no Ébano, time de praia que reunia jogadores negros, era titular absoluto da camisa nº 1. Uma vez, o grande público teve oportunidade de apreciar suas outras habilidades. Foi no início dos anos 60, no Pacaembu, em São Paulo. O Santos jogava contra o Grêmio e o goleiro Laércio foi expulso. Pelé não pensou duas vezes, vestiu a camisa preta de mangas compridas e foi para debaixo dos “três paus”. Fechou o gol. Não deixou passar mais nada. O jogo terminou com a vitória do Santos por 4 a 3. A única apresentação oficial do autor dos mais belos gols na moldura de suas obras.



Na caótica Seleção Brasileira de 1966, muitos fatos foram realmente inusitados (como a formação de quatro equipes, por exemplo), mas um deles serve para demonstrar bem o que aconteceu naquele tempo: na lista de jogadores convocados saiu o nome de Ditão, do Flamengo, que se apresentou, é lógico. Só que o convocado pelo técnico Vicente Feola era na realidade Ditão do Corinthians. A CBD (Confederação Brasileira de Desportos) não quis assumir o erro cometido - dentre muitos - e por esses caprichos tão comuns ao nosso futebol, ficou o Ditão do Flamengo mesmo. Que, por fim, foi cortado.



No dia 22 de junho de 1996, o Estado de Roraima, que possui o campeonato estadual mais novo do país, presenciou um fato jamais ocorrido no futebol brasileiro. A partida pelo estadual, entre o Rio Negro e o Progresso, teve a incrível marca de um pagante, o autor de tal façanha, foi o motorista do Ministério de Agricultura de Boa Vista, Abraão Pereira de Souza. A renda da partida também atingiu a incrível marca de R$ 5,00 (cinco reais), sendo que cada clube ficou com a não menos incrível quantia de R$1,00 (um real). Um mês antes, em outra partida entre as mesmas equipes, o público pagante foi de quatro pessoas, com renda de R$ 20,00 (vinte reais).



Considerado o detentor do melhor futebol do mundo, o Brasil, teve por muitos anos, o pior time do mundo - o Íbis Sport Club. Fundado em 15 de novembro de 1938, o Íbis surgiu na iniciativa de Onildo Ramos, gerente da Tecelagem Seda e Algodão de Pernambuco, a T.S.A.P., em realizar o sonho dos operários da fábrica: ter um time de futebol para disputar o Campeonato Pernambucano de profissionais. A ave sagrada do Egito antigo, protetora da cultura da seda e presente na marcada da empresa, foi escolhida para o nome e distintivo.

Nos primeiros anos a equipe não era tão ruim, chegando até mesmo a ser campeã pernambucana em 1946. O Íbis começou a ser tachado de o pior time do mundo a partir da década de 80, quando ficou três anos seguidos sem ganhar um único jogo e sofreu uma série de goleadas históricas, entre elas, 11 a 0 para o Santa Cruz. No campeonato de 81, por exemplo, números impressionantes: 18 derrotas em 18 jogos, sofrendo 89 gols e marcando apenas quatro. No campeonato seguinte, disputou 11 partidas, perdeu dez e empatou uma. Fez seis gols e sofreu 46. Com esse curriculum, o Íbis, teve por muito tempo orgulho de ser taxado de o pior time do mundo. Mas a história começou a mudar, a partir do ano 2000, o time ascendeu a primeira divisão de Pernambuco e agora não quer mais o “honroso” título.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Curiosidades diversas sobre futebol II
GOL em todas as línguas
Dizem que a linguagem do futebol é universal, mas cada povo tem seu modo peculiar de gritar gol. Confira as formas de comemorar pelos respectivos países:
But- Argélia, França, Gabão, Mali, Mônaco e Tunísia;
Maal- Dinamarca
Golo – Portugal;
Mal – Noruega e Suécia;
Tor- Alemanha e Austria
Gol- Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, Honduras, Hungria, Itália, Iugoslávia, México, Panamá, Peru, Romênia, Uruguai e Venezuela;
Goal –Austrália, Bangladesh, Bélgica, Bulgária, Camarðes, Canadá, Chipre, Coréia do Sul, Eire, Egito, Estados Unidos, Finlândia, Gana, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Irã, Islândia, Israel, Líbia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Polônia, Senegal, Suíça, Tchecoslováquia, Turquia e União Soviética;
Taça Jules Rimet
Desde a primeira Copa do Mundo, em 1930, a maior ambição de qualquer seleção é erguer a taça que coroa os melhores atletas de futebol do planeta. Para a primeira edição do Mundial, o então presidente da Fifa, Jules Rimet, sugeriu a criação de um troféu que levaria o seu nome. O escultor francês Abel La Fleur desenhou a taça, que simboliza a vitória com asas. Produzido de prata banhado a ouro, pesava 3,8kg com 35cm de altura.
Troféu Copa do Mundo
Com a conquista do tricampeonato mundial no México, em 1970, a Taça Jules Rimet tornou-se de posse definitiva do Brasil. Para a Copa do Mundo da Alemanha, em 1974, a Fifa decidiu criar um novo troféu. Para tal finalidade, escolheu o escultor italiano Silvio Gazzaniga, entre 53 candidatos, para criá-lo. A Copa do Mundo mostra duas linhas que, da base, sobem em espiral para se abrirem e segurar o mundo, uma metáfora para o campeão. O objeto mais cobiçado do futebol mundial é de ouro maciço 18 quilates, pesa 4,97 kg e tem 36cm de altura.
O dia em que o futebol nasceu
O 26 de outubro de 1863 é apontado como o dia oficial da criação do futebol, um dos esportes mais praticado no mundo. Nesta data, ao término de seis reuniões na Freemason´s Tavern, em Londres, foi criada a The Football Association e, com ela, aprovadas as 17 regras do futebol. Antes, porém, já havia sido criado o primeiro clube de futebol. O Notts County, em atividade até hoje no futebol inglês, foi fundado em 1862.
Distâncias percorridas em campo
Um jogador profissional de futebol precisa ter fôlego de um verdadeiro fundista. Confira as distâncias percorridas, em média, por cada jogador, de acordo com a posição em campo:zagueiros - 10,1 kmmeio-campistas - 11,4 kmatacantes - 10,5 km
Primeiros jogos oficiais de futebol
Em 1866, foi realizada a primeira partida de futebol com a duração de uma hora e meia, entre as equipas de Londres e Sheffield. E, em 1872 , ocorreu o primeiro encontro internacional de futebol: a selecção da Inglaterra enfrentou o Queen´s Park, da Escócia, com a presença de 3.500 espectadores.
Criação da Fifa A fundação da Federação Internacional de Futebol Associados (FIFA) aconteceu em 21 de maio de 1904, em Paris. Os sete membros fundadores da entidade são França, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Espanha, Suécia e Suíça.
Dimensões do campo de futebol
Pelas regras, um campo oficial de futebol tem de ser retangular e deve ter um comprimento mínimo de 90 metros e máximo de 120 metros, enquanto que a largura deve ser de 45 metros no mínimo e de 90 metros no máximo. Em competições internacionais, o comprimento deve ser de 100 metros (mínimo) a 110 metros (máximo), com largura mínima de 64 metros e máxima de 75 metros. No meio do campo, a circunferência onde se dá o pontapé inicial deve ter um raio de 9,15 metros.
Introdução das traves e das redes no futebol
O travessão foi introduzido no futebol em 1875. Substituiu as precárias fitas de tecido que uniam as duas traves laterais. A rede apareceu em 1890, com o objetivo de identificar mais claramente a marcação dos gols.
Introdução da numeração nas camisas
A numeração das camisas foi introduzida no futebol inglês em 1939. A novidade chegou ao Brasil 10 anos depois, com o objetivo de facilitar as anotações dos árbitros ingleses que vieram apitar no Rio de Janeiro e em São Paulo. Eles foram contratados para que os brasileiros assimilassem as regras à arbitragem da Fifa às vésperas da Copa de 1950.
Introdução da penalidade máxima
O pênalti também foi criado em 1890, para punir as faltas dentro da área. A infração é assinalada quando um jogador da equipe que está se defendendo comete uma falta sobre o adversário dentro de sua própria grande área. A falta é cobrada da marca de pênalti, situada a 11 metros da baliza. Na cobrança, apenas o goleiro e o cobrador participam do lance. Se o goleiro se mexer antes da cobrança ou se houver invasão da área, a execução da falta tem de ser repetida.
Início do futebol no Brasil
O primeiro jogo de futebol em solo brasileiro foi disputado em 14 de abril de 1895, na várzea do Carmo, em São Paulo, entre as equipes da Companhia de Gás e da São Paulo Railway, ambas integradas por ingleses radicados em São Paulo. Placar final: Cia de Gás 2 x 4 SP Railway.
Introdução do impedimento
Uma das mais polêmicas marcações do futebol, o impedimento foi criado em 1866 e alterado em 1925. Atualmente, admite-se o passe dado em direção ao atacante que estiver na mesma linha do penúltimo defensor. Ou seja, é necessário ao menos dois adversários – na maioria das vezes, um deles é o goleiro do time rival – entre o jogador para qual a bola foi lançada e a linha de fundo do campo no momento do lançamento.
Conheça as mascotes de cada Mundial
As mascotes foram introduzidas a partir da Copa do Mundo de 1966, disputada na Inglaterra. Conheça todas as mascotes: